A ArcelorMittal deu mais um passo no sentido de aumentar a eficiência na produção do aço por meio de processos mais limpos, que economizam energia e água.
A unidade de aços longos de João Monlevade (MG) recebeu no fim do ano passado o certificado de qualidade ambiental da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que permite aos clientes identificar os produtos que atendem às necessidades da construção civil sustentável.
O objetivo é obter um diferencial adequado ao segmento das obras que obedecem as diretrizes do selo verde do Green Building Council, que concentra as principais empresas de construção; e as obras de infraestrutura previstas para a Copa de 2014.
Além da unidade de Monlevade, também as siderúrgicas de Juiz de Fora, Piracicaba, Cariacica, Itaúna e o centro operacional de São Paulo obtiveram o rótulo ambiental da ABNT, contemplando estruturas metálicas importantes nas edificações, como vergalhões, telas soldadas, treliças, pregos, arames, perfis, fios e barras laminadas.
Todas essas unidades também possuem o selo ecológico do Instituto Falcão Bauer de Qualidade que atesta os níveis de sustentabilidade envolvendo o processo de transformação de sucata, minério de ferro e gusa em aço.
Internacional
"Fomos pioneiros no processo que foi validado por consulta pública em todo o Brasil antes de virar norma da ABNT", diz José Otávio Andrade Franco, gerente de meio ambiente da ArcelorMittal Aços Longos. "E já estamos recebendo consultas de siderúrgicas de outros países da América Latina, como Argentina e Costa Rica, interessadas em obter uma certificação semelhante de seus produtos."
Franco acrescenta que a conquista do selo também favorece as exportações e eleva o conceito ambiental na cadeia produtiva. "O mercado vai valorizar cada vez mais esse tipo de selo", considera. "É um caminho sem volta."
Franco explica que o selo foi concedido principalmente devido ao emprego de sucata e ao biorredutor vegetal (carvão vegetal, usado como matéria-prima em altos-fornos) no processo de transformação do aço.
A reciclagem da matéria-prima abastece um terço da produção global do grupo, maior fabricante mundial de aço. No Brasil, a sucata alcança participação de 60% a 73% (índice atingido na unidade de Piracicaba) das 2,7 milhões de toneladas anuais de capacidade instalada nas fábricas certificadas.
A ArcelorMittal recebe sucatas metálicas, como geladeiras, fogões, equipamentos industriais em quatro entrepostos próprios próximos das fábricas em Minas Gerais, São Paulo e Bahia, onde é feita a seleção, o controle da contaminação e a preparação antes de serem enviados para os fornos. Além disso, recebe material de outras empresas que recolhem e vendem para as siderúrgicas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), a produção à base de sucata exige apenas um quarto da energia necessária para fabricar o aço que utiliza o minério de ferro como matéria-prima.
Outro diferencial que contou pontos para o selo, segundo Franco, são medidas tomadas pela empresa, como redução do consumo de água, energia, geração de resíduos, emissões de efluentes líquidos e até de embalagem.
Fonte: http://www.brasileconomico.com.br/noticias/selo-de-aco-da-arcelormittal-atende-construcoes-verdes_111650.html